Um músculo traumatizado é geralmente doloroso, hipertônico e muito sensível; o indivíduo sente dor acentuada quando ele é usado, e certo alívio quando em repouso.
Vejamos a seguir alguns tipos de lesões musculares:
a) Distensão muscular: É o alongamento exagerado do músculo acompanhado de algumas rupturas de fibras musculares. Sendo assim a distensão muscular é uma lesão traumática aguda na unidade músculo-tendinosa (UMT). A força da lesão é indireta (uso excessivo, mau uso, hipercontração) em oposição à direta (pancada, corte, perfuração). Para ocorrer uma distensão, a falta de aquecimento e alongamento e o próprio cansaço muscular contribuem muito, mas o agente causal é sempre um movimento forte de rápida contração ou movimento exagerado contra uma grande resistência. As distensões são classificadas em:
Distensão de Primeiro Grau - é um pequeno trauma da UMT que provoca dor leve, edema e incapacidade, mas geralmente, não prejudica a capacidade de o indivíduo produzir uma contração (embora dolorosa) normal do músculo envolvido.
Distensão de Segundo Grau - é uma lesão moderada da UMT, inclusive com laceração ou ruptura de um número pequeno de fibras musculares e tendinosas, que provoca dor moderada, edema e incapacidade devido à contração anormal (fraca e dolorosa) do músculo envolvido.
Distensão de Terceiro Grau - é uma ruptura completa da UMT. A dor e o edema variam de mínimos a severos, sendo a contração do músculo afetado muito anormal (fraca ou inexistente, geralmente indolor).
b) Estiramento muscular: É um alongamento exagerado do músculo sem rompimento de fibras. Ele aparece como uma dor muscular local, que piora ao esforço. Geralmente não há sinal de derrame sangüíneo. Falta de aquecimento e alongamento assim como as condições fisiológicas do músculo contribuem para a ocorrência de estiramento.
c) Ruptura muscular: É quando ocorre rompimento total das fibras musculares. É comum a perda de função do músculo, hipersensibilidade no ponto de ruptura e contração da massa muscular proximal ao rompimento. A dor da lesão muscular pode ser localizada ou irradiada para toda extensão do membro. O agente causal de uma ruptura é sempre um movimento forte de rápida contração ou um movimento exagerado contra uma grande resistência.
d) Caimbras: São contraturas exageradas das fibras musculares ocorrendo de maneira involuntária e dolorosa. É causada por fadiga muscular decorrentes do excesso de trabalho, vícios de postura e falta de vitamina B.
e) Tendinites: Não podemos esquecer que os tendões também fazem parte dos músculos e excluí-lo desse estudo não seria adequado. A tendinite é a lesão mais comum entre todas modalidades esportivas. Ocorre quando o indivíduo desenvolve gesto mecânico inadequado ou gesto mecânico de altíssimas repetições. A tendinite nada mais é que uma inflamação nos tendões. São exemplos de tendinites: a tendinite do tendão de Aquiles, a tendinite do rotator do punho, a tendinite bicipital, a doença de Quervain, a tendinite peronial e a tendinite tibial posterior entre outras.
f) Contusão muscular: É uma lesão traumática aguda decorrente de trauma direto aos tecidos moles que provoca dor e edema. A contusão vai de leve até uma grande infiltração de sangue nos tecidos circundantes.
Algumas considerações sobre contusões musculares:
O atleta sente, inicialmente, um pouco de dor ou desconforto; porém, muitas vezes, desenvolve-se rapidamente, quando o atleta esfria, rigidez, dor e edema. Não se devem empregar tratamentos com calor, massagens e turbilhonamento, pois essas terapias aumentam a hemorragia.
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